Powered By Blogger

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

SAIBA O QUE É DIABETES.


O que é Diabetes?

O Diabetes é uma síndrome metabólica de origem múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos. A insulina é produzida pelo pâncreas e é responsável pela manutenção do metabolismo da glicose. A falta desse hormônio provoca déficit na metabolização da glicose e, consequentemente, diabetes. Caracteriza-se por altas taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia) de forma permanente.

Tipos

Tipo 1: causado pela destruição das células produtoras de insulina, em decorrência de defeito do sistema imunológico em que os anticorpos atacam as células que produzem a esse hormônio. Ocorre em cerca de 5 a 10% dos pacientes com diabetes.
Tipo 2: resulta da resistência à insulina e de deficiência na secreção de insulina. Ocorre em cerca de 90% dos pacientes com diabetes.
Diabetes Gestacional: é a diminuição da tolerância à glicose, diagnosticada pela primeira vez na gestação, podendo - ou não - persistir após o parto. Sua causa exata ainda não é conhecida.
Outros tipos: são decorrentes de defeitos genéticos associados a outras doenças ou ao uso de medicamentos. Podem ser: defeitos genéticos da função da célula beta; defeitos genéticos na ação da insulina; doenças do pâncreas exócrino (pancreatite, neoplasia, hemocromatose, fibrose cística etc.); defeitos induzidos por drogas ou produtos químicos (diuréticos, corticoides, betabloqueadores, contraceptivos etc.).

Sintomas de Diabetes

Principais sintomas do diabetes tipo 1:

  • vontade de urinar diversas vezes
  • fome freqüente
  • sede constante
  • perda de peso
  • fraqueza
  • fadiga
  • nervosismo
  • mudanças de humor
  • náusea e vômito.

Principais sintomas do diabetes tipo 2:

  • infecções freqüentes
  • alteração visual (visão embaçada)
  • dificuldade na cicatrização de feridas
  • formigamento nos pés e furúnculos.
  • Tratamento de Diabetes

    O tratamento correto do diabetes significa manter uma vida saudável, evitando diversas complicações que surgem em consequência do mau controle da glicemia.

    Complicações possíveis

    O prolongamento da hiperglicemia (altas taxas de açúcar no sangue) pode causar sérios danos à 
    • Retinopatia diabética: lesões que aparecem na retina do olho, podendo causar pequenos sangramentos e, como consequência, a perda da acuidade visual
    • Nefropatia diabética: alterações nos vasos sanguíneos dos rins que fazem com que ocorra uma perda de proteína pela urina. O órgão pode reduzir a sua função lentamente, mas de forma progressiva até a sua paralisação total
    • Neuropatia diabética: os nervos ficam incapazes de emitir e receber as mensagens do cérebro, provocando sintomas, como formigamento, dormência ou queimação das pernas, pés e mãos
    • dores locais e desequilíbrio
    • enfraquecimento muscular
    • traumatismo dos pêlos
    • pressão baixa
    • distúrbios digestivos
    • excesso de transpiração e impotência
    • Pé diabético: ocorre quando uma área machucada ou infeccionada nos pés desenvolve uma úlcera (ferida). Seu aparecimento pode ocorrer quando a circulação sanguínea é deficiente e os níveis de glicemia são mal controlados. Qualquer ferimento nos pés deve ser tratado rapidamente para evitar complicações que podem levar à amputação do membro afetado
    • Infarto do miocárdio e acidente vascular: ocorrem quando os grandes vasos sanguíneos são afetados, levando à obstrução (arteriosclerose) de órgãos vitais como o coração e o cérebro. O bom controle da glicose, a atividade física e os medicamentos que possam combater a pressão alta, o aumento do colesterol e a suspensão do tabagismo são medidas imprescindíveis de segurança. A incidência desse problema é de duas a quatro vezes maior em pessoas com diabetes
    • Infecções: o excesso de glicose pode causar danos ao sistema imunológico, aumentando o risco da pessoa com diabetes contrair algum tipo de infecção. Isso ocorre porque os glóbulos brancos (responsáveis pelo combate a vírus, bactérias etc.) ficam menos eficazes com a hiperglicemia. O alto índice de açúcar no sangue é propício para que fungos e bactérias se proliferem em áreas como boca e gengiva, pulmões, pele, pés, genitais e local de incisão cirúrgica.
    • Getty ImagesArteriosclerose: endurecimento e espessamento da parede das artérias

      Convivendo/ Prognóstico

      Pacientes com diabetes devem ser orientados a:
      • Realizar exame diário dos pés para evitar o aparecimento de lesões
      • Manter uma alimentação saudável
      • Utilizar os medicamentos prescritos
      • Praticar atividades físicas
      • Manter um bom controle da glicemia, seguindo corretamente as orientações médicas.
      • Getty ImagesÉ possível monitorar o controle de glicemia em casa, por meio do teste de "ponta de dedo"

        Prevenção

        Pacientes com história familiar de diabetes devem ser orientados a:
        • Manter o peso normal
        • Não fumar
        • Controlar a pressão arterial
        • Evitar medicamentos que potencialmente possam agredir o pâncreas
        • Praticar atividade física regular.


        FONTE:http://www.minhavida.com.br/saude/temas/diabetes

quinta-feira, 15 de março de 2012

Menor espécie de sapo do Brasil é encontrada no Espírito Santo

Espécie mede entre 7 e 10 milímetros. (Foto: Renata Pagotto/ Divulgação)
De acordo com a pesquisadora, o animal raro é possivelmente o menor animal vertebrado do Brasil e um dos menores do mundo. A espécie Brachycephalus didactylus, também conhecida como sapo Pulga, era conhecida apenas no Rio de Janeiro.
Animal tem coloração idêntica a das folhagens. (Foto: Renata Pagotto/ Divulgação)
O animal sobrevive com a umidade das folhas e tem coloração idêntica a elas.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS E NOMENCLATURA CIENTÍFICA

- Por que classificamos?

Quando nos deparamos com uma grande variedade de objetos ao nosso redor, temos a tendência de reunir em grupos aqueles que consideramos semelhantes, classificando-os. Está é uma característica inerente ao ser humano. O ser humano classifica as coisas porque isso as torna mais fáceis de serem compreendidas.
É provável que o homem primitivo distribuísse os seres vivos em grupos: os comestíveis e os não-comestíveis, perigosos e não-perigosos etc..
No nosso dia-a-dia, temos constantemente exemplos de classificação de coisas; ao se classificar os selos, por exemplo, levamos em conta critérios de semelhanças como país, o ano do selo, o motivo da estampa etc..
Em qualquer sistema de classificação são usados determinados critérios. Num supermercado, a disposição dos produtos nos corredores e nas prateleiras obedece a certas regras estabelecidas pelo proprietário. Por exemplo, os produtos de higiene pessoal ficam numa determinada prateleira de uma determinada seção, os refrigerantes numa outra e os chocolates em uma terceira etc.. É claro que o dono de um supermercado pode usar critérios diferentes de arrumação.
Os cientistas também classificam. Mas no caso da Ciência, não é aconselhável a existência de muitos sistemas diferentes de classificação. Podemos perceber que isso tornaria muito difícil a “comunicação” entre cientistas.

A importância da classificação biológica é facilitar a compreensão da enorme variedade de seres vivos existentes. 

- Os grupos básicos de Linnaeus

A primeira tentativa conhecida de classificação foi feita pelo filósofo grego Aristóteles (384- 322 a.C.).
Aristóteles trabalhou principalmente com animais e classificou várias centenas de espécies. Ele dividia os animais em dois grandes grupos: os com sangue e os sem sangue. Teofrasto, um discípulo de Aristóteles, descreveu todas as plantas conhecidas no seu tempo: ao classificar as plantas, um dos critérios utilizados foi o tamanho; ele as dividia em árvores, arbustos, subarbustos e ervas.
De Aristóteles até o começo do século XVIII houve pouco progresso. Foram elaborados alguns sistemas de classificação mas com pouco sucesso. Os critérios eram arbitrários, alguns Biólogos classificavam os animais de acordo com seu modo de locomoção, outros conforme o ambiente em que ele vivia etc.
Um exemplo disso pode ser notado ao analisarmos a classificação de um animal tendo por base apenas o ambiente onde ele vive. Pássaros, morcegos e insetos são classificados como animais aéreos e, no entanto, são muito diferentes entre si. Certamente um beija-flor tem mais semelhança com uma ema (terrestre) do que com uma mosca.
Podemos notar que escolher como critério apenas o ambiente não acrescenta muito sobre o grupo.
Estas primeiras classificações eram consideradas artificiais, pois utilizavam critérios que não refletiam as possíveis relações de parentesco entre os seres vivos.
Hoje em dia classificações são naturais, pois procuram agrupar os seres vivos de acordo com o maior número possível de semelhanças, tentando estabelecer relações de parentesco evolutivo entre os mesmos.
Um grande marco na classificação dos seres vivos foi estabelecido pelo Naturalista e Médico sueco Linnaeus (lê-se Linô).
Linnaeus desenvolveu um sistema de categorias hierárquicas que, com algumas modificações, é usada hoje. No entanto, ele não levou em conta as relações de parentesco evolutivo entre seres vivos, pois acreditava que as espécies existentes na Terra tinham sido criadas uma a uma por Deus e que, desde o instante da criação até então, elas teriam permanecido sem qualquer alteração. Esse princípio da imutabilidade, denominado fixismo, era crença generalizada entre os naturalistas da época de Linnaeus.
Atualmente o fixismo não é mais aceito, tendo sido contestado a partir dos trabalhos de Darwin em 1 859. Darwin desenvolveu idéias sobre a evolução dos seres vivos através da seleção natural.
A teoria da evolução biológica ou simplesmente teoria da evolução diz que todos os seres vivos, dos mais simples até o homem, estão sujeitos a contínuas modificações ao longo do tempo. Assim, acredita-se que todas as espécies atuais ou as já extintas se originaram a partir de outras, pelo acúmulo de novas características, que revelam as suas adaptações ao diferentes ambientes durante a história da Terra.
Com a aceitação da teoria evolutiva, as espécies deixaram de ser vistas como grupos estáticos de seres vivos.
No sistema proposto por Linnaeus a espécie é a unidade de classificação e pode ser definida como sendo “um grupo de organismos que se acasalam na Natureza e cujos descendentes são férteis”.
O atual sistema de classificação dos organismos também considera a espécie como unidade de classificação.
As diferentes categorias de classificação, chamadas de categorias taxonômicas, foram ampliadas. Linnaeus elaborou um sistema de classificação onde havia 5 categorias de espécies semelhantes, que eram agrupadas em um mesmo gênero; os gêneros semelhantes são agrupados numa mesma família; famílias semelhantes são reunidas numa ordem; ordens semelhantes são agrupadas em uma classe; classes semelhantes são agrupadas em um filo ou divisão, e filos ou divisões semelhantes são agrupadas em um reino. As categorias podem ser representadas, da mais ampla para a mais restrita, da seguinte maneira:
REINO  FILO  CLASSE  ORDEM  FAMÍLIA  GÊNERO  ESPÉCIE
Além dessas categorias, muitas vezes são utilizadas categorias intermediárias, tais como subfilo, infraclasse, superordem, superfamília, subgênero, subespécie.
Para exemplificar o atual sistema de classificação, vamos ver a classificação do cão, desde a categoria mais geral, que é o reino, até a mais restrita, que é a espécie.
Um exemplo de classificação taxonômica: o cão

- Uma classificação geral dos seres vivos

Muitos sistemas de classificação de seres vivos foram propostos, mas esse assunto ainda é muito controvertido.
As Ciências Biológicas estão em plena expansão e tem sido possível conseguir mais e melhores informações a respeito dos seres vivos, trazendo assim maiores subsídios para a compreensão de suas histórias evolutivas. Por essa razão, a classificação tem sofrido modificações, pois trata-se de um tema dinâmico, não existindo um sistema que contente a todos.
Num dos primeiros sistemas de classificação, na época de Linnaeus, era comum a divisão dos seres da natureza em 3 reinos: Vegetalia ou Plantæ, Animalia e Mineralia. Essa divisão perdurou até cerca de 60 anos atrás. Em conseqüência, ainda há quem insista em considerar os seres vivos unicamente em dois reinos: Vegetalia e Animalia.
Num outro sistema proposto, os seres vivos eram colocados em 3 reinos: ProtistaPlantæ e Animalia. Este sistema também não é mais utilizado.
Posteriormente surgiu um sistema de classificação onde os seres vivos eram divididos em 4 reinos: Reino Monera (bactérias e cianobactérias), Reino Protista (algas, protozoários e fungos), Reino Plantæ (desde musgos até angiospermas) e Reino Animalia (desde esponjas até os mamíferos).
Esse sistema ainda é utilizado por algumas pessoas, mas está pouco a pouco sendo substituído por um sistema que agrupa os seres vivos em 5 Reinos:
  • Reino Animalia: todos os animais desde as esponjas até os mamíferos
  • Reino Plantae: desde algas pluricelulares até angiospermas
  • Reino Fungi: todos os fungos
  • Reino Protista: algas unicelulares e protozoários
  • Reino Monera: bactérias e cianobactérias
O sistema dos 5 Reinos foi proposto em 1 969 pelo Biólogo norte-americano R. H. Wittaker e é o utilizado atualmente. 

- Nomenclatura dos seres vivos

Se você consultar um dicionário verificará que o fruto conhecido como ABÓBORA também pode ser chamado de jerimum, jerimu, jurumum, zapolo e zapolito-de-tronco.
É provável que você não conheça todos esses nomes.
Se em uma única língua de um único País existem tantos nomes para um mesmo organismo, calcule, então, como seria confuso se considerarmos todas as línguas e dialetos que existem no mundo!
Para facilitar a comunicação entre pessoas de diferentes nacionalidades, que falam diferentes idiomas, e entre pessoas de diferentes regiões geográficas de um mesmo país, são utilizados nomes científicos para designar as várias espécies de seres vivos.
O sistema atual de nomenclatura segue proposta de Linnaeus:
  • é binomial, isto é, composto por dois nomes escritos em latim, ou latinizados;
  • o primeiro nome refere-se ao gênero e deve ter a inicial com letra maiúscula, ex.: Canis
  • o segundo nome é o epíteto específico e deve ser escrito com inicial minúscula, ex.: familiaris
  • Os dois juntos formam o nome da espécie, ex.: Canis familiaris, que é o cão doméstico.
  • Os nomes científicos devem ter grafia diferenciada no texto. Se este for manuscrito, deve-se passar um único traço embaixo do nome. Se for impresso pode-se, por exemplo, deixar a letra em itálico.
Observe o exemplo abaixo:
Tendo em vista que a classificação correta é em latim (ou em palavras latinizadas), apresentaremos os tópicos desta forma. No decorrer do texto, porém, vamos usar a classificação em língua portuguesa. Note também que, em alguns nomes, há a presença de radicais gregos. 

Para pensar 3 : O gato pertence a família dos felinos e à ordem dos carnívoros. Em qual desses dois grupos há maior quantidade de seres?

Leitura complementar: Vírus, um ser diferente

Os vírus são o limite entre a matéria bruta e a matéria viva.Esses seres são muito especiais, pois não são formados por células. Seu organismo é formado por proteínas e outras substâncias.
De todas as características dos seres vivos, os vírus apresentam somente duas: a capacidade de se reproduzir e de sofrer mutações. Por essa razão, os cientistas ainda não chegaram a um acordo se devem ou não classificar esses seres como organismos vivos. Conseqüentemente, os vírus não estão agrupados em nenhum reino. Quando as dúvidas que se tem hoje sobre as características desses seres forem esclarecidas, é provável que eles sejam classificados em um reino exclusivo deles.
O vírus só consegue sobreviver e se reproduzir no interior das células.
Para isso, ele tem que injetar o seu material genético no interior de uma célula viva.
Quando isso ocorre podemos dizer que, de certa forma, o vírus inativa (desliga) o programa da célula e a obriga a fabricar novos vírus. Esses novos vírus irão contaminar novas células e, se o processo não for interrompido, ocorre o que chamamos de infecção.
Um ser que vive às custas de outros causando prejuízos denomina-se parasita.
O vírus é um parasita intracelular, pois para se manifestar necessita penetrar numa célula.
Ao se reproduzirem no interior dos seres vivos, os vírus desequilibram o organismo causando o que denominamos doença.
Existem vírus que atacam animais e outros que atacam somente vegetais.
Na espécie humana podemos destacar doenças que são causadas por vírus: a gripe, a caxumba, o sarampo, a hepatite, a febre amarela, a poliomielite (ou paralisia infantil), a raiva, a rubéola etc..
Quando substâncias estranhas (chamadas antígenos) penetram no nosso organismo (o vírus, por exemplo), existem células do nosso sangue (certos glóbulos brancos) que são capazes de percebê-las, alertando outras células para o perigo de uma infecção. As células alertadas, outros glóbulos brancos, fabricam proteínas de defesa chamadas anticorpos, que inativam os antígenos.
Dessa forma o nosso corpo identifica e neutraliza a ação de certos microorganismos, inclusive os vírus. Essa capacidade de defesa denomina-se imunização.
Não existem medicamentos para combater os vírus depois que eles passam a parasitar um organismo. Nesse caso o único procedimento possível é esperar que o organismo reaja e produza anticorpos específicos para destruí-los. É o caso, por exemplo, da gripe. Não existem remédios para essa doença. O que há são medicamentos para livrar os sintomas desconfortáveis que ela provoca, como dores de cabeça, febre etc..
No entanto alguns vírus são responsáveis por doenças fatais ou que deixam seqüelas graves, é o caso da AIDS, onde o vírus baixa radicalmente a resistência do organismo por atacar as células de defesa. O indivíduo, então, contrai infecções com mais facilidade e que se tornam graves, podendo matar a pessoa. A poliomielite é outro exemplo que pode deixar uma pessoa paralítica ou com sérios problemas motores.
Contra algumas doenças viróticas existem vacinas, que são medicamentos preventivos. A vacinas não curam um organismo já infectado por vírus. São produzidas a partir de vírus “mortos” ou enfraquecidos. Uma vez introduzidos num indivíduo, esses vírus não têm condições de provocar a doença, mas são capazes de estimular o organismo a produzir anticorpos, imunizando-o.

- Questões para auto-avaliação

1) Com que finalidade se classificam os seres vivos? 
2) Considere os seguintes seres vivos: mosca, homem, cavalo, macaco, borboleta e zebra. Adote um critério de classificação e separe-os em grupos. 
3) Quais as características que definem um ser vivo como pertencente à mesma espécie do outro? 
4) Quais são as regras básicas para nomear os seres vivos, de modo a serem identificados com facilidade no mundo todo? 
5) Quais são os cinco reinos da Natureza? Cite um ser de cada reino, como exemplo.

sábado, 14 de janeiro de 2012

SISTEMA REPRODUTOR FEMININO


O sistema reprodutor feminino é constituído por dois ovários, duas tubas uterinas (trompas de Falópio), um útero, uma vagina, uma vulva. Ele está localizado no interior da cavidade pélvica. A pelve constitui um marco ósseo forte que realiza uma função protetora.
vagina é um canal de 8 a 10 cm de comprimento, de paredes elásticas, que liga o colo do útero aos genitais externos. Contém de cada lado de sua abertura, porém internamente, duas glândulas denominadas glândulas de Bartholin,  que secretam um muco lubrificante.
A entrada da vagina é protegida por uma membrana circular - o hímen - que fecha parcialmente o orifício vulvo-vaginal e é quase sempre perfurado no centro, podendo ter formas diversas. Geralmente, essa membrana se rompe nas primeiras relações sexuais. 
A vagina é o local onde o pênis deposita os espermatozóides na relação sexual. Além de possibilitar a penetração do pênis, possibilita a expulsão da menstruação e, na hora do parto, a saída do bebê.
A genitália externa ou vulva é delimitada e protegida por duas pregas cutâneo-mucosas intensamente irrigadas e inervadas - os grandes lábios. Na mulher reprodutivamente madura, os grandes lábios são recobertos por pêlos pubianos. Mais internamente, outra prega cutâneo-mucosa envolve a abertura da vagina - os pequenos lábios - que protegem a abertura da uretra e da vagina. Na vulva também está o clitóris, formado por tecido esponjoso erétil, homólogo ao pênis do homem. 
Imagem: Superinteressante coleções O Corpo Humano - Sexo: a Atração Vital
Ovários: são as gônadas femininas. Produzem estrógeno e progesterona, hormônios sexuais femininos que serão vistos mais adiante.
No final do desenvolvimento embrionário de uma menina, ela já tem todas as células que irão transformar-se em gametas nos seus dois ovários. Estas células - os  ovócitos primários -  encontram-se dentro de estruturas denominadas folículos de Graaf  ou folículos ovarianos. A partir da adolescência, sob ação hormonal, os folículos ovarianos começam a crescer e a desenvolver. Os folículos em desenvolvimento secretam o hormônio estrógeno. Mensalmente, apenas um folículo geralmente completa o desenvolvimento e a maturação,  rompendo-se e liberando o ovócito secundário (gaemta feminino): fenômeno conhecido como ovulação. Após seu rompimento, a massa celular resultante transforma-se em corpo lúteo ou amarelo, que passa a secretar os hormônios progesterona e estrógeno.  Com o tempo, o corpo lúteo regride e converte-se em corpo albicans ou corpo branco, uma pequena cicatriz fibrosa que irá permanecer no ovário. 
O gameta feminino liberado na superfície de um dos ovários é recolhido por finas terminações das tubas uterinas - as fímbrias.  
Tubas uterinas, ovidutos ou trompas de Falópio: são dois ductos que unem o ovário ao útero. Seu epitélio de revestimento é formados por células ciliadas. Os batimentos dos cílios microscópicos e os movimentos peristálticos das tubas uterinas impelem o gameta feminino até o útero.  
Útero: órgão oco situado na cavidade pélvica anteriormente à bexiga e posteriormente ao reto, de parede muscular espessa (miométrio) e com formato de pêra invertida.  É revestido internamente por um tecido vascularizado rico em glândulas - o endométrio

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

O QUE É BIOLOGIA?

Simbolo da Biologia
Simbolo da Biologia
Biologia é a ciência responsável pelo estudo da vida: desde o seu surgimento, composição e constituição; até mesmo à sua história evolutiva, aspectos comportamentais e relação com outros organismos e com o ambiente.
Assim, a Biologia tem como objeto de estudo os seres vivos. Tais organismos se diferenciam dos demais por serem constituídos, predominantemente, de moléculas de carbono, oxigênio, hidrogênio e nitrogênio; e por apresentarem constituição celular, necessidade de se nutrirem, capacidade reprodutiva e de reação a estímulos.
Os seres vivos são classificados em grupos menores, de acordo com suas características principais. No sistema de cinco reinos, um dos mais amplamente utilizados, eles são divididos assim:
• Reino Monera, que abriga indivíduos unicelulares, procarióticos. No sistema de oito reinos, seus representantes estão divididos no Reino Archaea e Reino Bacteria.
• Reino Protoctista, que reúne os protozoários e algas unicelulares. No sistema de oito reinos, seus representantes estão divididos nos Reinos Archezoa, Protista e Chromista.
• Reino Plantae, que abriga as plantas: organismos multicelulares fotossintetizantes.
• Reino Fungi, que abriga organismos unicelulares ou filamentosos, e heterotróficos.
• Reino Animalia, que abriga organismos multicelulares e heterotróficos.

Para estudar os diversos aspectos inerentes aos seres vivos, de forma mais detalhada, a Biologia é subdividida em algumas áreas, tais como:

• Biologia Celular (antiga citologia): estuda os aspectos relacionados às células, tais como sua estrutura e funcionamento;
• Histologia: estudo dos tecidos que constituem os seres vivos.
• Anatomia: estudo dos órgãos e sistemas dos seres vivos.
• Botânica: estudo das plantas.
• Zoologia: estudo dos animais.
• Micologia: estudo dos fungos.
• Microbiologia: estudo dos micro-organismos.
• Ecologia: estudo das relações dos seres vivos entre si e com seu ambiente.
• Evolução: estuda o surgimento de novas espécies.
• Genética: estudo dos aspectos inerentes à hereditariedade.



DENGUE

O mosquito transmissor da dengue (e também da febre amarela).
O mosquito transmissor da dengue (e também da febre amarela).
A dengue é um dos principais problemas de saúde pública no mundo: a cada ano, cerca de 20 mil pessoas morrem em consequência dessa doença. No Brasil, ela é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti fêmea, portadora do vírus dessa doença.
Esse animal, de hábitos diurnos e crepusculares, possui tamanho pequeno, com cerca de meio centímetro de comprimento. Sua cor varia entre o café e o preto, apresentando faixas brancas nas patas e nas costas. Já o vírus, pertencente à Família Flavivirus, possui quatro subtipos: o DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. Este último, desde 2010, passou a se manifestar também em nosso país.

Uma pessoa que teve dengue se torna imune ao sorotipo que provocou a doença, no entanto, existe o risco de se infectar novamente pelos outros três. Vale frisar que a transmissão só ocorre da forma que foi mencionada: não existe a possibilidade de uma pessoa portadora “passar dengue” para outro indivíduo.

A dengue pode apresentar quatro quadros distintos:
- Infecção inaparente: quando não há manifestação de sintomas. É o caso que ocorre mais frequentemente.
- Dengue clássica: apresenta sintomas semelhantes aos da gripe, como febre alta, dores, cansaço e indisposição, além de vômitos, dores nas articulações e atrás dos olhos, e manchas vermelhas na pele.
- Dengue hemorrágica: mais comum em pessoas que já tiveram algum tipo de dengue, ela se manifesta inicialmente tal como a dengue clássica. Após o terceiro ou quarto dia, a febre diminui, podendo provocar uma queda súbita da pressão arterial, e logo em seguida o paciente apresenta sangramentos, principalmente das gengivas, nariz e intestino.
- Síndrome do choque da dengue: a pressão arterial cai subitamente ou, aos poucos, vai diminuindo a ponto de o indivíduo quase não apresentar pulso. Pode ocorrer perda de consciência e insuficiência renal, cardíaca, hepática e/ou respiratória.
Apresentando pelo menos dois ou três dos sintomas citados, é importante que a pessoa ingira bastante água e procure auxílio médico o mais rápido possível. Como não existe tratamento específico, os profissionais da saúde se focam no controle dos sintomas e prevenção do quadro hemorrágico e demais complicações. Pessoas com problemas crônicos devem receber atenção especial.
Confirmada a doença, é interessante que o paciente evite ser picado novamente, reduzindo a possibilidade de novos mosquitos e pessoas serem portadores do vírus da dengue. O uso de repelentes, mosquiteiros, telas e vaporizadores elétricos; pode ajudar nesse sentido.
Não existem vacinas que previnam essa doença. Por esse motivo, as ações de controle da dengue são feitas com base no controle do mosquito transmissor. A Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), por exemplo, envia a todos os estados larvicidas e inseticidas capazes de destruir larvas e mosquitos adultos. Os inseticidas são lançados por meio das máquinas de nebulização; e os larvicidas, utilizados pelos agentes de saúde em residências e outros locais que podem acumular água parada. Como tais medidas podem provocar a resistência dos mosquitos aos produtos, é importante que essa não seja a única medida adotada.
Já que as fêmeas desovam em água limpa e parada, todos os locais possíveis de se acumular esse solvente devem ser eliminados ou protegidos, sendo necessário, portanto, o engajamento de toda a população. Vale lembrar que os ovos são muito resistentes, sendo necessário, dessa forma, além de eliminar a água, lavar os recipientes esvaziados.
 
Medidas a adotar:
- Tampar reservatórios de água, como cisternas, tanques e fossas;

- Armazenar garrafas com o bico voltado para baixo;

- Remover o lixo e entulhos, armazenando-os em recipientes adequados e depois os destinando à coleta;

- Colocar larvicidas em recipientes, como pratinhos de plantas. A borra de café (duas colheres para cada copo de água) é bastante eficaz, sendo necessário repô-la a cada uma semana, após lavá-los com bucha;

- Abrir portas e janelas quando a nebulização estiver sendo feita em sua rua;

- Nunca deixar de atender em sua casa o agente de saúde.
 
O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE:
A automedicação pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado não só não cura como pode piorar a saúde.
 No caso da dengue, remédios à base de ácido acetil salicílico, como AAS, Melhoral, Doril, Sonrisal, Alka-Seltzer, Engov, Cibalena, Doloxene e Buferin NÃO podem ser ingeridos, sob o risco de provocarem sangramentos.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

IMPOTENCIA SEXUAL : DISFUNÇÃO ERÉTIL E A SEXUALIDADE MASCULINA

IMPOTENCIA SEXUAL : DISFUNÇÃO ERÉTIL E A SEXUALIDADE MASCULINA
Todo homem, em algum ponto da vida, deve aceitar o fato de que passará por algum episodio de impotencia. Devido a complexa sexualidade humana, milhares de razões podem afetar a potencia do homem. Estresse e ansiedade são algum dos fatores mais comuns que podem acarretar a impotencia psicogênica ( forma mais comum de impotencia sexual, que tem origem em fatores psicológicos ). Quando os episódios de impotencia passam a se tornar uma constante na vida do homem, o mais indicado é procurar auxilio médico de um profissional da area da andrologia, especializado no tratamento das disfunções sexuais masculinas. Experimentar a impotencia sexual nunca é facil. A sexualidade é parte importantissima da vida cotidiana de qualquer individuo, tanto quanto o trabalho ou relações afetivas.
O QUE É A IMPOTENCIA SEXUAL MASCULINA ?
Impotencia sexual se refere a inabilidade do homem em produzir ou manter uma ereção peniana tempo o bastante para realização do intercurso sexual. A impotencia é um problema mais comum do que se imagina, afetando cerca de 30 milhões de homens somente no Brasil. Por volta dos quarenta anos, a maior parte dos homens ja passou por pelo menos um episódio de impotencia sexual em algum ponto da vida.
Quando ocorre apenas um episódio de impotencia, a melhor coisa a fazer é esquecer o assunto. Não ha razão para se preocupar com algo com o qual praticamente todo homem ira passar em algum ponto da vida. Falha em obter uma ereção em menos de 20% do tempo não é fora do comum, e raramente requer tratamento. A impotencia sexual se torna realmente um problema quando passa a ocorrer regularmente. Episódios recorrentes de impotencia sexual geralmente começam a se manifestar por volta dos 40 anos, sendo mais comum em homens com 60 anos de idade ou mais. Independente da idade, a medicina atual oferece tratamentos realmente efetivos capazes de curar a impotencia, desde que a mesma seja corretamente diagnosticada e tratada.
CAUSAS DA IMPOTENCIA SEXUAL MASCULINA
A impotencia sexual masculina pode ter uma grande variedade de fatores desencadeantes. Como em qualquer doença, quando o paciente passa a experimentar repetidamente o problema, deve procurar auxilio médico. Durante a consulta andrológica, devem ser investigadas a possibilidade de doença, traumas ou efeitos colaterais associados a medicamentos, que possam estar ocasionando a impotencia masculina.
Muitas vezes, doenças em outras partes do organismo, também podem prejudicar o funcionamento do órgão sexual masculino, sendo nesses casos uma condição secundaria a essas outras alterações orgânicas. Outro mito que deve ser desmentido é que , ao contrario do que muitos pensam, a impotencia sexual não está associada somente a idade. Um número significativo de pessoas jovens sofrem com a impotencia sexual, embora que, nesses casos, predomina sem dúvida, fatores ligados principalmente a distúrbios psicológicos. Deve-se lembrar: 70% dos homens impotentes o são porque alguma coisa esta errada em seu organismo, alguma doença esta prejudicando seu mecanismo de ereção. Para fins de estudo, convencionou-se classificar a impotencia sexual em 2 tipos basicos:
1. Impotência Orgânica
A Impotência orgânica esta associada a algum disturbio organico no paciente e tem como caracteristica principal o fato de possuir inicio gradual que vai piorando lentamente, se tornando cada vez mais frequente. As formas mais comuns de impotência orgânica são:
a. Dificuldade para alcançar a ereção: Freqüentemente ligada a dificuldade de transmissão nervosa das mensagens químicas que desencadeiam a ereção, estando presente também nas insuficiências hormonais, esclerose múltipla, doença de Parkinson, lesões de coluna, cirurgias pélvicas radicais, neuropatia diabética com comprometimento da inervação pudenda. Além disso, temos como causas importantes de impotencia organica o uso de drogas, álcool em excesso, e tabagismo ( fumo ) , que trazem danos ao sistema circulatório com conseqüentes danos a qualidade da ereção. Alguns medicamentos como os antihipertensívos, os medicamentos utilizados para tratamento de ulceras do aparelho digestivo, diuréticos e outros podem em algumas situações interferir drasticamente com o mecanismo de ereção. Os medicamentos mais comumente responsáveis por disturbios relacionados a impotencia são:
* Estrogenio: para homens com cancer de próstata .
* Antiandrogenicos (flutamida): para homens com cancer de próstata .
* Lupron: remedio para tratamento do cancer de próstata.
* Proscar: para homens com hipertrofia prostática, pode diminuir o volume ejaculatório.
* Diureticos: para tratamento de doenças cardiacas e hipertensão.
* Metildopa: para tratamento de hipertensão.
* Beta bloqueadores: para tratamento de doenças cardiacas e hipertensão.
* Bloqueadores do Canal de Calcio: tratamento da hipertensão.
* Tranquilizantes.
* Descongestionantes.
* Anti convulsivantes.
* Cimetidina: tratamento de úlceras gastricas.
* Digoxina : para tratamento de doenças cardiacas..
b. Dificuldade de obter uma ereção com rigidez, também associada com a oclusão do sistema venoso, arteriosclerose, hipertensão, diabetes, fluxo arterial diminuído, etc.
c. Dificuldade para manter uma ereção, geralmente associada com traumas pélvicos, hipertensão, diabete, infarto prévio, e etc, que geram uma incapacidade no sistema venoso de cumprir sua função oclusiva e reter o sangue nos corpos cavernosos. Estima-se que 50-60% dos homens diabéticos sofram com a impotência.

2. Impotência Sexual Psicológica
Toda vez que o paciente apresenta queixas de impotência é preciso obter uma boa história clínica, ou seja, uma hostoria com dados a respeito de , quando iniciou, quantas vezes aconteceu, com que frequência ocorre a impotencia, e onde ocorrem suas dificuldades, pois eventuais falhas no desempenho sexual fazem parte da vida de todos os homens. Impotência relacionada com stress profissional, financeiro, com problemas no relacionamento conjugal são em geral passageiras e não orgânicas. Deve-se compreender que um dos mecanismos básicos da ereção peniana é a dilatação arterial com relaxamento da musculatura lisa dos corpos cavernosos, e que o hormônio liberado pelo organismo em estados de ansiedade ou estresse é a ADRENALINA, que possui ação vaso constritora periférica ou seja, a Adrenalina em excesso fecha as artérias penianas quando , o que precisamos para obter uma ereção é que as mesmas se relaxem, se dilatem. Quanto maior a ansiedade do paciente, maior será a liberação de adrenalina na corrente sanguinea e menos sangue chegará ao pênis, resultando na impotencia masculina.
Quando do inicio da crise financeira mundial, que causou problemas de caixa em várias empresas, os consultórios dos médicos que trabalham na área, principalmente, Urologistas, Andrologistas e Sexólogos, receberam um número quatro vezes maior de executivos com queixas de impotencia, ou seja estes homens estavam na época enfrentando problemas tão sérios do ponto de vista profissional e financeiro que o estresse provocado e a adrenalina conseqüente impediam que a ereção ocorresse. O interessante e que alguns deste executivos conseguiram entender a relação existente entre seu estado de estresse e a sua ereção , de modo que voltaram suas atenções para a busca de soluções profissionais e financeiras que quando encontradas mesmo que parcialmente , trouxeram a tranqüilidade necessária para o restabelecimento de sua normalidade sexual. Um outro grupo destas pessoas infelizmente trilhou um caminho diferente: passou a questionar sua capacidade de ereção e adquiriu a partir daí a chamada Ansiedade de Desempenho, ou seja, a preocupação excessiva com a ereção e, a cada vez que havia uma possibilidade de relação sexual, entravam em estado de ansiedade e descarga adrenérgica, pela duvida , pela insegurança e pelo medo de que uma ereção não ocorresse e ai realmente a ereção não ocorria, completando o círculo vicioso que gera a impotencia. A Ansiedade de Desempenho é uma causa muito freqüente de impotencia de fundo psicológico. A depressão nas suas mais variadas formas, como as que ocorrem nas situações de luto e separações , desemprego, falências e etc, causam diminuição da libido (interesse sexual) e consequentemente levam, a um prazo variável de pessoa a pessoa, a dificuldade no desempenho sexual e impotencia.
TRATAMENTO PARA IMPOTENCIA SEXUAL
Não ha dúvida que independente da causa, a impotencia sexual, seja constante ou intermitente, interfere negativamente em qualquer relacionamento. Embora no passado os homens não tivessem outra alternativa senão aceitar e conviver com o problema, os avanços na medicina atual, podem fornecer uma solução definitiva para o tratamento da impotencia, que vão desde remédios parabimpotencia como viagra, cialis e levitra, até o implante de protese peniana.

Esterilidade feminina

A esterilidade feminina revela a incapacidade transitória ou permanente daconcepção, ou seja, a mulher estéril é incapaz de engravidar.Já, a infertilidade feminina, diz respeito à incapacidade que a mulher tem de levar a gestação até o nascimento do bebê.As causas da esterilidade feminina muitas vezes se deve ao mal funcionamento dos ovários, que impede que haja o período de ovulação.
Mas outras causas também podem ser apontadas como principais em relação à esterilidade da mulher, como: deficiência de hormônios sexuais, alteração na glândula hipófise, (responsável pelos hormônios que desencadeiam o mecanismo da ovulação), obstrução nas trompas de falópio, (que pode ser desenvolvida por um processo inflamatório crônico ) e, ausência de mobilidade para que o óvulo seja levado até o útero, (causada por tumores ou inflamações que contaminam o muco genital responsável pela viagem do óvulo até o útero).A fertilidade feminina aos 35 anos diminui quando comparada à fertilidade da mulher aos 23, e esta também está entre uma das causas da esterilidade na mulher.
Mulheres que se tornaram estéreis após ter tido outros filhos, podem ter sofrido lesões no último parto.Entre as lesões mais comuns, estão aquelas que ocorrem no útero e ovários.
Mas também há mulheres que sofrem de esterilidade por ansiedade. O sistema nervoso tanto pode inibir os mecanismos hormonais responsáveis pela ovulação, como provocar espasmos nas trompas, ou, no colo do útero.Um tratamento adequado poderá reverter o quadro de esterilidade psicológica, assim como, outros métodos podem ser recomendados, as técnicas de reprodução humanaestão bem representadas no Brasil.

O que é o aborto?

O que é o aborto?

Aborto é a interrupção da gravidez pela morte do feto ou embrião, junto com os anexos ovulares. Pode ser espontâneo ou provocado. O feto expulso com menos de 0,5 kg ou 20 semanas de gestação é considerado abortado.

Aborto espontâneo

aborto espontâneo também pode ser chamado de aborto involuntário ou "falso parto". Calcula-se que 25% das gestações terminam em aborto espontâneo, sendo que 3/4 ocorrem nos três primeiros meses de gravidez. A causa do aborto espontâneo no primeiro trimestre, são distúrbios de origem genética.
Em cerca de 70% dos casos, esses embriões são portadores de anomalias cromossômicas incompatíveis com a vida, no qual o ovo primeiro morre e em seguida é expulso. Nos abortos do segundo trimestre, o ovo é expulso devido a causas externas a ele (incontinência do colo uterino, mal formação uterina, insuficiência de desenvolvimento uterino, fibroma, infecções do embrião e de seus anexos).

Aborto provocado

Aborto provocado é a interrupção deliberada da gravidez; pela extração do feto da cavidade uterina. Em função do período gestacional em que é realizado, emprega-se uma das quatro intervenções cirúrgicas seguintes:
  • A sucção ou aspiração;
  • A dilatação e curetagem;
  • A dilatação e expulsão;
  • Injeção de soluções salinas.
Estima-se que seja realizado anualmente no mundo mais de 40 milhões de abortos, a maioria em condições precárias, com sérios riscos para a saúde da mulher. 
Imagem de um Feto.
O método clássico de aborto é o por curetagem uterina e o método moderno por aspiração uterina (método de Karman) só utilizável sem anestesia para gestações de menos de oito semanas de amenorréia (seis semanas de gravidez). Depois desse prazo, até doze semanas de amenorréia, a aspiração deve ser realizada sob anestesia e com um aspirador elétrico.

Aborto no Brasil

No Brasil, o aborto voluntário será permitido quando necessário, para salvar a vida da gestante ou quando a gravidez for resultante de estupro. O aborto, fora esses casos, está sujeito a pena de detenção ou reclusão.
Número de abortos por cada 1000 mulheres grávidas.

Fetos sentem dor durante o aborto

O aborto pode causar dor em fetos ainda pouco desenvolvidos, acreditam pesquisadores do Hospital Chelsea, em Londres. Segundo a responsável pela pesquisa, Vivette Glover, fetos podem ser capazes de sentir dor já a partir da décima-sétima semana de gestação. Por isso, diz ela, médicos britânicos estão estudando a possibilidade de anestesiar o feto durante intervenções para interrupção da gravidez.
O estudo contraria a versão da entidade que reúne obstetras e ginecologistas do Reino Unido, o Royal College of Obstretics and Gynacologists. Para a organização, só há dor depois de 26 semanas.
Mão de feto com 3 meses:
Mão de feto com 3 meses. 


Feto com 14 semanas:

Feto com 14 semanas.

Anestesia no aborto

Para Vivette Glover, pesquisas sugerem que o desenvolvimento do sistema nervoso ocorre mais cedo do que se imaginava.
Existem evidências de que o sistema nervoso se desenvolve a partir de 20 semanas de gestação ou talvez até depois de 17 semanas. Já que há a possibilidade de dor, nós deveríamos dar ao feto o benefício da dúvida", diz ela, que conclui defendendo a utilização de anestesia. Ela pondera, porém, que a dor dos fetos é provavelmente menos intensa.
A teoria ganhou apoio de entidades contrárias a realização de abortos. "É mais uma prova de que a vida humana começa no momento da concepção", diz Kevin Male, da organização britânica Life.

Curiosidades

  • Na Alemanha nazista o aborto era proibido por que era dever da mulher fornecer filhos para o III Reich
  • Os gregos permitiam o aborto, mas os romanos o puniam com pena de morte.
  • O primeiro país a permitir aborto no prazo de 28 semanas foi a Inglaterra, tornando-se atração turística para feministas.

Países e o aborto

Veja abaixo, países que não permitem o aborto, exceto quando há risco para a vida da mãe (primeiro quadro), países que permitem o aborto, mas com restrições (segundo quadro) e países que permitem o aborto (terceiro quadro).
Países que não permitem o aborto, exceto quando há risco para a mãe.   Permite o aborto, mas com restrições.   Países que permitem o aborto.





terça-feira, 10 de janeiro de 2012

A internet faz mal ao cérebro?

A internet faz mal ao cérebro?

Um grupo cada vez maior de pesquisadores acha que estamos nos tornando mais distraídos – e mais burros – por causa do uso excessivo dos aparelhos digitais

ALBERTO CAIRO, PETER MOON E LETÍCIA SORG
PREÇO ALTO O biólogo Hebert Campos, em Campina Grande. A internet abriu seus horizontes e acabou com sua concentração. “Perco de um lado, mas ganho do outro”  (Foto: Kleide Teixeira/ÉPOCA)

GERAÇÃO VELOZ Jovens chineses jogam on-line e navegam na internet num cibercafé na província de Hubei.  O cérebro parece se adaptar ao ritmo do computador (Foto: Imaginechina/Corbis)






O escritor americano Nicholas Carr sentiu que algo estranho ocorria com ele há uns cinco anos. Leitor insaciável, percebeu que já não era capaz de se concentrar na leitura como antes. Na verdade, sua ansiedade disparava diante de qualquer tarefa que exigisse concentração – seus olhos procuravam a tela do computador ou do celular. O impulso de espiar na internet era quase incontrolável, diz ele. “Sentia que estava forçando meu cérebro a voltar para o texto”, afirma. “A leitura profunda, antes tão natural para mim, tinha se transformado numa luta.” Tal afirmação abre o livro The shallows – What the internet is doing to our brains (Os superficiais – O que a internet está fazendo com nossos cérebros, ainda sem tradução no Brasil). Nele, Carr faz uma acusação seriíssima: a exposição constante às mídias digitais está mudando, para pior, a forma como pensamos. Ele e um punhado de autores respeitáveis acreditam que, por causa do uso excessivo de computadores e de outros aparelhos digitais, nosso cérebro é alterado e estamos nos tornando menos inteligentes, mais superficiais e imensamente distraídos – o inverso de tudo aquilo que fez de nós a espécie mais bem-sucedida do planeta Terra.
“Em vez de mentes juvenis inquietas e repletas de conhecimento, o que vemos nas escolas é uma cultura anti-intelectual e consumista, mergulhada em infantilidades e alheia à realidade adulta”, afirma Mark Bauerlein, autor de The dumbest generation (A geração mais estúpida). No livro, ele antecipa uma nova Idade das Trevas, quando os indivíduos que hoje são crianças e adolescentes chegarem à maturidade.
Bauerlein, professor na Universidade Emory, na Geórgia, supervisiona estudos sobre a vida cultural americana. Ele acredita que as novas gerações, educadas sob a influência das mídias digitais, são formadas por narcisistas despreparados para pensar em profundidade sobre qualquer assunto. Ele diz que uma pesquisa de 2006 com mais de 81 mil estudantes americanos de ensino médio detectou que 90% deles “leem ou estudam” menos de cinco horas por semana – embora passem “pelo menos” seis horas navegando na internet e um período equivalente assistindo à TV ou jogando videogame. “Indivíduos que não sabem praticamente nada de história, que nunca leram um livro nem visitaram um museu não têm mais do que se envergonhar. Tornaram-se comuns”, afirma.
Carr e Bauerlein não estão sozinhos. A jornalista Maggie Jackson, outra autora crítica da tecnologia, sugere que os mais jovens estão acostumados, por culpa da internet e do uso de celulares, à leitura desatenta de textos cada dia mais breves e estilisticamente mais pobres. Os 140 caracteres que se podem escrever no Twitter, ela acredita, geram pensamentos máximos de 140 caracteres. Parece exagero, mas alguns estudos mostram que há motivos para preocupação. Uma consultoria chamada Genera divulgou um estudo alarmante sobre os efeitos do uso da internet entre os jovens. A empresa entrevistou 6 mil pessoas da geração que cresceu usando a internet e concluiu que as coisas estão mudando radicalmente. “A imersão digital afetou até mesmo a forma como eles absorvem informação”, afirmam os pesquisadores. “Eles não leem uma página necessariamente da esquerda para a direita e de cima para baixo. Pulam de uma palavra para outra, atrás de informação pertinente.” Um efeito disso já foi notado por um professor da Universidade Duke. Ele reclamou com o autor de The shallows que não consegue mais que seus alunos leiam um único livro do começo ao fim, mesmo nos cursos de literatura.

Se as críticas ao uso dos computadodores partissem apenas de intelectuais preocupados com a ruptura de padrões tradicionais, não haveria problemas. Professores se queixando da preguiça de seus alunos era comum nos séculos XX e XIX e, certamente, antes disso. Esse tipo de evidência circunstancial pode ser facilmente contestado por exemplos contrários, que existem abundantemente, mostrando que há milhões de jovens concentrados que leem e estudam com afinco. Mas os críticos vão além das velhas reclamações. Experimentos como o do professor de comunicação Clifford Nass, da Universidade Stanford, são mais difíceis de rechaçar. Eles sugerem que pessoas acostumadas ao funcionamento multitarefa do computador – que permite fazer várias coisas ao mesmo tempo – tendem a imitar a máquina, tocando várias atividades ao mesmo tempo. Escrevem, falam ao telefone, consultam a internet, ouvem música. Tudo simultaneamente, ou quase. As consequências são perversas. Elas erram, ficam irritadas por quase nada e qualquer estímulo as distrai. O estudo mostra que, quanto mais a pessoa se julga eficiente fazendo várias coisas ao mesmo tempo, pior ela as faz. E, quando é necessário que se concentrem numa única atividade por longo tempo, elas precisam de muito mais esforço.
A Associação Americana de Psicologia define multitarefa como “a tendência a fazer mais de um trabalho que precise de atenção ao mesmo tempo, como falar ao telefone e escrever uma mensagem eletrônica”. Ela diz que esse hábito promovido pelas novas tecnologias tornou-se um problema. Sério. O motivo é simples: nossa capacidade de atenção é limitada. Quanto mais ela é fracionada, menos funciona. É um problema que tem origem na evolução da espécie. Fazemos bem uma coisa de cada vez e, mesmo assim, com grau limitado de concentração. Apesar disso, estamos nos dividindo cada vez mais. Entre 2008 e 2009, um estudo da Basex, uma companhia americana especializada em consultoria para grandes empresas, concluiu que um trabalhador médio passa mais de um quarto de sua jornada diária lidando com distrações do mundo real (ligações de telefone, conversas com colegas) e virtuais (e-mails, chats). Outro estudo, de RescueTime, revelou que, em média, um funcionário que usa o computador o tempo todo acessa 50 vezes por dia a caixa de e-mails, 77 vezes programas de comunicação instantânea (MSN ou Google Talk) e 40 vezes as páginas da internet. O custo em atenção e produtividade é imenso. Os pesquisadores dizem que, cada vez que interrompemos uma tarefa, ao voltar a ela podemos demorar mais de dez vezes o tempo da interrupção para retomar a atenção inicial.
 

- (Foto: Reprodução)


O gaúcho Gérson Worobiej, de 42 anos, analista de custos em Porto Alegre, sabe o que isso significa. Ele diz que a desorganização de sua mesa migrou do papel para a tela. Gastava longos minutos para achar um arquivo perdido na caixa de e-mails – e, enquanto o computador buscava, aproveitava para ler coisas na internet. Quando se dava conta, os minutos já tinham virado hora, e ele estava atrasado. Para tentar dar conta das tarefas, abria um grande número de janelas. Geralmente, tinha a sua frente a tela do e-mail, três planilhas diferentes e ainda o navegador, para os momentos em que queria espairecer. Quanto mais fazia, menos produtivo ficava. O antídoto para o problema de Gérson começou a vir do próprio computador. Ele usou a internet para pesquisar programas que pudessem ajudá-lo a se organizar. E encontrou. Hoje, a primeira coisa que faz no dia é planejar tudo, dentro do programa de gerenciamento de tempo. Fica menos ligado no e-mail porque desligou o alerta automático de mensagens e passou a controlar seus acessos à internet. Também reduziu o número de janelas e tenta fazer uma coisa de cada vez. “Hoje, sou mais produtivo e trabalho menos”, afirma.
Existe o temor, entre os pesquisadores, de que a insistência em comportamentos digitais obsessivos possa causar danos ou alterações neurológicos. Num estudo publicado pela revista eletrônica PlusONE, em junho deste ano, cientistas chineses analisaram a atividade cerebral de 18 adolescentes que passavam mais de dez horas por dia jogando na internet. Eles descobriram que regiões cerebrais encarregadas do autocontrole e da capacidade de concentração numa única tarefa e de evitar distrações apresentavam um tamanho menor que a média. Os jovens mostravam também desempenho pior de memória. O professor Karl Friston, do University College London, diz, porém, que os resultados da pesquisa chinesa não são conclusivos, por dois motivos. Primeiro, porque os jovens estudados são viciados que fogem ao padrão de uso geral da tecnologia. Segundo, porque a pequena quantidade de participantes não permite extrapolar os resultados para a população em geral. Outras pesquisas, porém, estão detectando que quem usa demais a tecnologia sofre limitações em relação aos demais.
Depois de colocar 100 estudantes para realizar um monte de testes, Nass, de Stanford, concluiu que os usuários mais intensos de tecnologia pagam um preço elevado por seus hábitos. “Eles são atraídos por irrelevâncias”, diz o pesquisador. “Qualquer coisa os distrai.” Nos testes de atenção, em que se mede a capacidade de separar e filtrar informação, os tipos multitarefa se deram muito pior do que quem usa tecnologia com moderação. No teste seguinte, de memória, eles também tiveram desempenho relativamente pobre. Quanto mais elementos para memorizar, mais eles se afundavam. Surpresos, os cientistas desenvolveram um terceiro teste, para descobrir se os nerds eram bons pelo menos em saltar rapidamente de uma atividade para outra. Nem nisso eles se mostraram melhores. “Eles não conseguiam se desligar da tarefa que estavam executando pouco antes”, afirma o professor Eyal Ophir, que conduziu os experimentos. “Os multitarefas não conseguem manter as coisas separadas no interior da mente.”
No cérebro dos jovens viciados em jogos, a área responsável pela concentração é menor que a média
 "
A explicação para isso, segundo os críticos da tecnologia, está no conceito de neuroplasticidade – uma palavra difícil que significa, essencialmente, a capacidade dos neurônios de criar novas conexões ou de reforçar as já existentes, em resposta às experiências do dia a dia. Alguns cientistas temem que, por meio da neuroplasticidade, a arquitetura do cérebro dos usuários de tecnologia seja irremediavelmente alterada. A verdade parece ser menos alarmante. Um exemplo é o resultado de um estudo que comparou o comportamento de três pessoas não acostumadas a usar a internet (chamadas “imigrantes digitais”) com o de três indivíduos que tinham crescido entre computadores (os “nativos digitais”). Os pesquisadores pediram aos dois grupos que fizessem uma busca no Google e navegassem pelos resultados enquanto a atividade de seus cérebros era monitorada. O resultado mostrou que os nativos digitais completavam com mais rapidez a tarefa encomendada pelo pesquisador. Ficou claro também que uma área do cérebro relacionada ao planejamento de atividades conscientes se ativava com maior intensidade no cérebro dos nativos digitais. Até aí, nada demais. A novidade é que, depois de cinco dias, o cérebro dos imigrantes começou a se comportar de forma parecida com o dos nativos digitais. A neuroplasticidade tinha entrado em ação.
Apresentado pelos críticos da tecnologia como surpreendente – e até mesmo assustador –, o resultado desse experimento é, na verdade, trivial. Quem aprendeu a dirigir sabe como é. Nos primeiros dias ao volante, tudo parece novo e difícil. Depois, o ato torna-se mecânico. Os cálculos de tempo e distância que pareciam antinaturais são internalizados. O cérebro cria novas conexões entre os neurônios e muda em função do aprendizado. As pessoas dizem que aprenderam, não que seu cérebro foi alterado. Mas a verdade é que o cérebro mudou. Que ele seja modificado pela tecnologia não constitui, portanto, motivo de alarme. Ele se modifica o tempo todo, em resposta a quase tudo.
Há outros motivos para não se preocupar em demasia com as transformações do cérebro. Em primeiro lugar, porque elas parecem ser reversíveis. Do mesmo jeito que os neurônios criam conexões novas o tempo todo, essas conexões podem também se enfraquecer pela falta de uso. Alguém que mude os hábitos de uso de tecnologia pode voltar a ter um cérebro “normal” – como explica o neurocientista português António Damásio, um dos maiores especialistas mundiais no assunto. “Para conseguir processar, analisar e responder à grande quantidade de informações do mundo virtual, o cérebro precisa se adaptar a seu tempo acelerado”, afirma Damásio (leia seu artigo exclusivo na página 80). Ele dá conta do recado por ser plástico e adaptável às novas condições, ainda que cobre um preço na redução da capacidade de concentração. “Mas a dificuldade de concentração não é irreversível. Acreditar nisso é bobagem. Qualquer criança e adolescente com um nível de inteligência normal é capaz de aprender a se concentrar e desenvolver os mesmos padrões de atenção e reflexão das gerações de seus pais e avós”, diz Damásio.
Embora esteja claro que a neuroplasticidade é uma via de mão dupla – ela modifica o cérebro, mas permite que ele seja modificado de volta –, ainda há confusão sobre o que realmente é possível alterar no cérebro humano pelo uso da tecnologia. O psicólogo Steven Pinker, autor de livros fundamentais sobre o funcionamento da mente humana, insiste que o cérebro não é uma massa de argila inteiramente moldável. “A experiência não redesenha nossas capacidades básicas de processamento de informação”, diz Pinker. As pessoas podem se educar para ler mais rápido na internet, mas os resultados serão limitados pela estrutura do cérebro e dos neurônios. Chega um ponto em que as mudanças cessam, por mais impulsos que venham do mundo exterior – da tecnologia ou de qualquer outra área.
MENOS É MAIS O analista de custos Gérson Worobiej, de Porto Alegre, no computador do trabalho. Ele fazia tudo ao mesmo tempo com baixa produtividade (Foto: Ricardo Jaeger/ÉPOCA)

A professora Andréa Jotta, pesquisadora do Núcleo de Pesquisa de Psicologia em Informática da PUC de São Paulo, duvida até mesmo que haja mudanças reais na cognição humana por causa dos computadores. “As pessoas não perderam a capacidade de se concentrar. O que vemos aqui é um excesso de foco no mundo digital”, diz ela. Há quem entre tão fundo no mundo virtual que se esquece do real a sua volta. Em um dos casos estudados por ela, o paciente via pornografia na baia de trabalho, alheio ao fato de estar em um lugar público. Em outros, as pessoas deixavam de dormir ou ir ao banheiro para não largar um jogo. “A concentração parece estar ali, mas o foco está voltado para outras coisas”, afirma.
Ainda que a internet cobre um preço de seus usuários, como afirma o neurocientista Damásio, as críticas a seu uso ignoram um efeito positivo de sua disseminação: a conexão intelectual de milhões de pessoas que, de outra forma, não seria possível. Ela tem potencial de mexer com a inteligência do planeta inteiro. As redes sociais às quais nos integramos – reais ou virtuais – exercem uma influência considerável sobre nosso desenvolvimento individual. Como sabem os pedagogos, um ambiente estimulante aumenta a possibilidade de que a inteligência se desenvolva. Muitas das grandes ideias não nasceram de mentes privilegiadas trabalhando em laboratórios silenciosos. Nas palavras de Steven Johnson, autor de De onde vêm as boas ideias, elas “emergem de espaços de conexões, da colisão entre diferentes visões, sensibilidades e especializações”. Não é por acidente que a maior parte da inovação científica e tecnológica do último milênio tenha sido produzida em centros urbanos abarrotados e cheios de distrações. Em outras palavras, a inteligência parece ser contagiosa. No século XXI, a internet pode ser o vetor de contágio.
Os neurologistas dizem que a perda de concentração causada pela internet não é irreversível "
Há até um grupo que defende uma ideia à primeira vista delirante: a conexão de bilhões de pessoas à internet permitirá a emergência, no futuro, de uma espécie de inteligência em rede, capaz de transcender o potencial de cada um de seus nós. O jornalista e escritor Kevin Kelly, um dos fundadores da futurista revista Wired, acredita que a tecnologia segue as regras da evolução natural e evolui em simbiose com o ser humano. No futuro, ele enxerga uma fusão total do ser humano com as máquinas, até que uns sejam indistintos dos outros. Kelly chama o aglomerado de tecnologias físicas (ferramentas) e conceituais (ideias) de “Technium”. Não é preciso partilhar essa visão fantasiosa para entender o lado positivo da conexão humana por meio da internet.
O biólogo Hebert Bruno Campos, de Campina Grande, na Paraíba, é um óbvio beneficiário dessas conexões. Aos 28 anos, ele mora com os pais e dois irmãos. A proximidade da Chapada do Araripe, um dos mais ricos sítios de fósseis do país, fez com que Hebert, desde os 7 anos, tivesse certeza do que seria quando crescesse: paleontólogo. Sonhar era fácil. Realizar o sonho, difícil. Ainda mais vivendo tão longe dos grandes centros do Sul e do Sudeste. Mais complicado ainda quando se sabe que Hebert é superdotado e tem grande dificuldade de estabelecer relacionamentos sociais. “Descobri a internet aos 14 anos. Minhas primeiras amizades foram feitas via internet”, diz ele. “Minha adolescência foi vivida na frente do computador.” Agora, Hebert se prepara para ingressar no mestrado em paleontologia. Graças à internet, conseguiu fazer amigos que o visitam em casa. Mas há um preço. Ele admite que a ultraexposição à internet – que o ensinou a fazer várias coisas ao mesmo tempo – também ajudou a torná-lo ansioso e dispersivo. “As ferramentas digitais me tiraram do isolamento e me conectaram com o mundo. Permitiram que eu conhecesse paleontólogos brasileiros e estrangeiros”, diz ele. “Mas, quando preciso estudar ou ler um livro, calculo o tempo que terei de ficar desplugado da internet. Basta ler uma página para que eu perca a concentração e comece a pensar nas mensagens que devo ter recebido e terei de responder.” Hoje, ele tenta estabelecer alguma distância dos meios digitais. Entre a tela do notebook e o teclado do smartphone, ainda passa oito horas por dia plugado. “Estou tentando balancear minhas duas vidas, a real e a on-line. Perco de um lado, mas ganho de outro”, afirma.
- (Foto: Reprodução)

 
As evidências do benefício da conexão propiciada pela rede estão por toda parte. Os maiores centros de inovação, como o Vale do Silício, na Califórnia, Estados Unidos, surgem da enorme concentração de gente brilhante, bem-educada e hiperconectada. As empresas que quebram padrões são as que conseguem juntar grupos de profissionais notáveis sob um mesmo teto. De alguma forma, as relações que tais indivíduos criam – dentro das empresas ou mesmo no ciberespaço – elevam as capacidades cognitivas de todos eles. A teoria da evolução das espécies, que o filósofo Daniel Dennett chamou de “a maior ideia científica de todos os tempos”, não foi produto apenas dos 20 anos que Charles Darwin passou mergulhado nos estudos práticos e teóricos da natureza. Beneficiou-se também da impressionante troca de cartas que ele mantinha com colegas e amigos de porte intelectual equivalente. Darwin parece ter escrito mais de 15 mil cartas ao longo da vida, discutindo suas ideias e seus sentimentos. Se ele tivesse nascido no século XX, teria sido usuário ativo de e-mail e redes sociais.
Se a exposição constante a telas de televisão, computadores e celulares fosse capaz de emburrecer seus usuários, seria razoável uma queda planetária no quociente intelectual (Q.I.) nos últimos dez, 20 ou 30 anos. Mas aconteceu o contrário. Depois de 60 anos de TV e de mais de duas décadas de uso cotidiano da internet, o Q.I. não para de crescer. Se um adolescente médio de hoje viajasse para o passado e fizesse o teste de Q.I. em 1950, conseguiria um resultado de 120, considerado elevado. Segundo cálculos de Pinker, um cidadão comum de hoje tem Q.I. maior do que 98% das pessoas em 1910. Se um cidadão de 1910 fizesse o teste hoje, seu Q.I. medido pelos padrões atuais seria 70 – tão baixo que estaria próximo do retardamento. É verdade, porém, que o Q.I. mede um tipo específico de inteligência (lógico-racional) e não pode ser usado, sozinho, para avaliar se a humanidade está emburrecendo ou não.
De todo modo, os apocalípticos da catástrofe digital tampouco explicam outro fenômeno que desafia seu pessimismo: por que as sociedades mais interconectadas do mundo são também as que apresentam melhores índices de desempenho na educação? Países como Dinamarca, Finlândia, Austrália e Coreia do Sul estão entre os dez mais conectados do planeta – assim como entre os dez primeiros no ranking de qualidade escolar da ONU. Parece que a banda larga ajuda no desenvolvimento intelectual dos jovens – ou, pelo menos, seus efeitos nocivos podem ser combatidos por bons professores e uma educação sólida.
A desconfiança em relação às inovações é uma constante humana. Sempre recebemos as novas tecnologias com um misto de esperança e receio. Há 2.400 anos, o pensador grego Sócrates temia que a escrita acabasse com a memória das pessoas. Ele previu que a possibilidade de registrar pensamentos por meio de símbolos sobre uma tábua de cera levaria a um enfraquecimento da mente e do raciocínio. O surgimento da imprensa de Gutemberg, na Europa da Idade Moderna, provocou uma reação parecida em alguns elitistas. Eles achavam que a difusão maciça de livros provocaria a banalização da cultura. Aconteceu o oposto. Em retrospecto, pode-se dizer que a difusão de conhecimento é invariavelmente um fenômeno positivo. Com a internet, é evidente que a humanidade ganhou nesse quesito. A dúvida diz respeito àquilo que perdemos. Algo que um dia poderá parecer tão ridículo quanto as palavras de Sócrates sobre a escrita – ou tão essencial quanto o resto de suas ideias.